sexta-feira, 19 de março de 2010

EXERCÍCIOS DE FORÇA MELHORAM O ANDAR DE MULHERES IDOSAS


O treinamento de força faz com que o andar de mulheres idosas fique mais parecido com o das jovens. Os resultados de um estudo que foi recentemente publicado na revista britânica Clinical Biomechanics podem, provavelmente, valer também para homens. A pesquisa foi feita por Leslie Persche, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em colaboração com Carlos Ugrinowitsch, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, e André Rodacki, da UFPR.

A pesquisa originou o projeto que estuda os efeitos de diferentes programas de atividade física relacionando-os à diminuição do risco de queda em idosos e envolveu mulheres com idade média de 61 anos.

Na velhice, o risco de quedas aumenta porque a pessoa passa a ter dificuldades de integrar as informações dos órgãos dos sentidos e perde muito da massa muscular. A perda, mais acentuadas nos músculos que controlam a postura, começa aos 30 anos, mas passa a ter efeitos sérios depois dos 60. Os músculos são formados por fibras tipo 1 e 2. Com o passar dos anos, o corpo perde as fibras tipo 2, que se contraem mais rapidamente, geram mais força e resistem menos à fadiga. Sobram as fibras tipo 1, com características opostas. A gordura ocupa o lugar dos músculos.
As 14 mulheres avaliadas na pesquisa fizeram exercícios de força três vezes por semana, durante quatro meses, com aumento gradual dos pesos. Antes e depois do período de treinos, os pesquisadores filmaram as mulheres andando e usaram um programa de computador para descrever as alterações nos seus movimentos.
O treinamento de força nas mulheres reverteu as mudanças da marcha relacionadas à idade. Elas conseguiram andar mais rápido e dar passos mais largos. As idosas também conseguiram dar passos elevando mais os pés do chão, o que diminuiu os tropeços. As passadas tinham uma frequência média semelhante a de mulheres jovens.

O fortalecimento causou uma melhora no andar, mesmo que os participantes não tenham aprendido técnicas para isso. Segundo Ugrinowitsch, o resultado contraria a ideia de alguns especialistas da área. Eles acreditavam que os idosos começavam a andar em um padrão senil de forma consciente, depois que se sentiam mais fracos.
No Brasil, 30% dos idosos caem ao menos uma vez no ano, segundo dados de 2001, divulgados pelo Conselho Federal de Medicina. As quedas estão entre as causas de 12% de todas as mortes de idosos. Naqueles que são hospitalizados em decorrência de uma queda, o risco de morte depois da hospitalização varia de 15% a 50%.
Além de melhorar o caminhar de idosos o treino de força traz benefícios gerais para o corpo. Para começar a praticar, é necessário que o idoso faça um exame médico que avalie a situação do coração e vasos sanguíneos. É imprescindível procurar orientação de um profissional de educação física.
Fonte: Fitness Brasil

quarta-feira, 17 de março de 2010

SINDROME DO MANGUITO ROTADOR E A INTERVENÇÃO DO PILATES


O manguito rotador (MR) é o principal grupo muscular responsável pela movimentação do ombro, além de atuar na estabilização e força do mesmo. Esse grupo de músculos escapuloumerais é composto pelo supra-espinhoso, infra-espinhoso, redondo menor e subescapular; os quais se unem em um único tendão para então se inserir nos tubérculos do úmero.
A Síndrome do Manguito Rotador (SMR) se refere a qualquer enfermidade inerente a este grupo muscular. Fatores intrínsecos ou principalmente os extrínsecos, como os traumas, ao MR podem conduzir à lesões com diferentes graus, que vai desde um simples edema até a uma ruptura (um ou vários músculos do MR) - parcial ou total.
A mais comum é a Síndrome do Impacto (SI) - ou tendinite do MR - normalmente em decorrência de traumas. Pode ser aguda ou crônica, e ter ou não depósito de cálcico tendíneo. É típica a ocorrência de dor ao abduzir o braço, desde o início do movimento ou após uma determinada angulação.
A sobrecarga sobre a articulação do ombro é a principal causa da tendinite do MR. Mas, a diminuição da força e massa muscular, bem como a degeneração e a pouca vascularização dos tendões do MR, relacionados ao processo de envelhecimento, também são fatores relevantes. Além dos traumas, já citado acima, outra possível causa da tendinite na região do MR são os osteófitos na porção inferior da articulação acrômio-clavicular, os quais podem ainda causar artrite reumatóide.
A lesão do MR acaba sendo a consequência da SI. Se caracterizam por fases, de acordo com a gravidade:
Fase 1: edema e hemorragia
Fase 2: fibrose e tendinite
Fase 3: ruptura do tendão
A fase 1 é mais comum em jovens, embora qualquer idade está suscetível. Pode haver dor no ombro, na região lateral do braço (deltoide), quando se dão movimentos de elevação repetitivos ou após esforço prolongado. Ainda, pode ocorrer limitação de mobilidade e crepitação.
A fase 2 geralmente ocorre entre 25 e 40 anos de idade. Nesta, é possível observar a presença de tendinite, além de fibrose e espessamento da bursa subacromial. A dor caracteriza-se por ser noturna e após atividades. Com a progressão da lesão o tendão do MR pode ser rompido de forma parcial.
A fase 3 se dá normalmente acima dos 40 anos. Observa-se dor contínua, diminuição em diferentes graus da força e da mobilização (elevação, rotação, abdução) decorrente à ruptura total de um ou vários tendões do MR.
A ruptura do MR também pode ser identificada após lesões traumáticas. Porém, o mais corriqueiro se dá em casos de degeneração gradual do próprio MR, podendo ser ruptura parcial ou completa. O tratamento neste caso, normalmente, consiste em repouso articular, aplicação de calor, gelo ou ultra-som. Além de exercícios específicos. Antiinflamatórios podem auxiliar.

No caso da SI, o tratamento nas fases iniciais tem indicação de tratamento conservador na maioria dos casos, através de medicação antiinflamatória e fisioterapia.
A intervenção do PILATES tem sido muito indicado por especialistas da área da saúde também como parte do tratamento. O método promove a flexibilidade e a força dos músculos necessários para o equilíbrio muscular. E se houver outras patologias associadas, como instabilidades e retrações, o PILATES também os terão como alvo para evitar lesões secundárias e não prejudicar a recuperação da patologia já instalada. Assim, através da absorção do impacto pelo músculo fortalecido, que iria diretamente à articulação, e pela mobilidade estimulada, o quadro do aluno será estabilizado, melhorando a qualidade de vida.
Também é indispensável tratar outras patologias, tais como instabilidades, retrações e desequilíbrios musculares, que possam levar à lesão secundária do manguito.
Etretanto, dependendo da lesão, da manifestação e evolução, a cirurgia poderá ser indicada.

sexta-feira, 5 de março de 2010

PROFESSORES SOFREM COM DORES MUSCULARES


De acordo com levantamento publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, dores musculares em membros superiores e inferiores em profissionais da área da educação são comuns e estão relacionadas a esforços físicos e tempo de trabalho. O artigo é da autoria de Jefferson Paixão Cardoso, do Programa de Pós-graduação em saúde Coletiva da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS - Bahia), e colegas, e foi veiculado na edição de dezembro de 2009. Segundo os autores, para coleta de dados, foi realizado estudo sobre as condições de trabalho e saúde dos professores da rede municipal de ensino de Salvador. Esta abrangia na época da pesquisa, conforme explicam eles, a educação infantil (pré-escola), ensino fundamental I (1ª a 4ª série) e ensino fundamental II (5ª a 8ª série). "Um inquérito que incluiu todos os professores da rede municipal de educação de Salvador foi realizado durante o recadastramento dos professores, no ano de 2006" afirmam Jefferson e colegas. Segundo eles, o quadro foi investigado "em três regiões corporais: membros inferiores: 'dor nas pernas'; membros superiores: 'dor nos braços' e no dorso: 'dor nas costas/coluna'. A frequência da dor foi medida numa escala do tipo Likert: 0=nunca; 1=raramente; 2=pouco frequente; 3=frequente e 4=muito frequente. Neste estudo, foi considerada como queixa de dor musculoesquelética quando o professor referiu sentir a queixa álgica como "frequentemente" ou "muito frequentemente", para cada região corporal acima mencionada". Os pesquisadores revelam no artigo que a prevalência da dor foi de 41,1% para membros inferiores (dores nas pernas), 41,1% para o dorso (dor nas costas) e 23,7% para os membros superiores (dor nos braços). "A prevalência global, para DME (dor músculoesquelética) relacionada a qualquer um dos três segmentos corporais foi de 55%: 19,7% referiram dor apenas em um dos três segmentos corporais analisados, 19,9%, em dois segmentos, e 15,4%, nos três segmentos", dizem. Os autores acreditam que "os achados do estudo reforçam a hipótese de que as características oriundas de determinada atividade laboral produzem efeitos negativos sobre a saúde dos trabalhadores. Os professores investigados referiram elevadas prevalências de dor musculoesquelética em membros superiores, inferiores e dorso. Também foram analisadas associações de fatores sociodemográficos e ocupacionais para estas ocorrências. A identificação desses fatores pode contribuir para a adoção de políticas públicas que visem à prevenção de adoecimento e promovam bem-estar dessa categorial profissional".

Fonte: science journalism

terça-feira, 2 de março de 2010

PILATES PARA CORREDORES


Como já havíamos citado algumas vezes, o PILATES pode beneficiar também no desempenho de esportistas em suas modalidades. Sabendo disso, muitos corredores não perderam tempo e começaram a complementar sua rotina de treino com o método PILATES. Através da respiração do PILATES, consiência corporal e grupos musculares equilibrados, o esportista tem seus movimentos mais econômicos, eficientes e coordenados, além de garantir força muscular e flexibilidade fundamentais à pratica. Ainda, condiciona a postura do corredor para mantê-la de forma adequada pela exigência do esporte, e protegendo não só a coluna, mas todas as articulações contra lesões, já que é uma modalidade de impacto.

O fortalecimento do CORE - parte central do corpo - também é bastante valorizada na corrida por proporcionar agilidade, força e proteção ao praticante. E como sabemos, o CORE é amplamente explorado pelo PILATES já que é a base de todos os movimentos. O CORE fortalecido é sinônimo de mais equilíbrio e controle sobre o corpo.

“O core permite que o corpo produza força, reduza força e se estabilize em reação a estímulos externos. Quando todos os músculos absorvem e transmitem a força de forma ideal, produzem um movimento mais eficiente”, explica Luciano D’Elia, treinador do CORE 360.

Caso o CORE esteja fraco, a mecânica do movimento da corrida se encontrará ineficiente e o esportista vulnerável.

Possíveis dores musculares e articulares também podem ser estabilizadas e evitadas pelo método.

Os exercícios reproduzem os movimentos da corrida, e em determinados períodos do programa de treino é importante que o ambiente seja semelhante ao da corrida, sempre alterando os estímulos. O core permancerá forte e o rendimento do corredor será otimizado.