quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

SÍNDROME DA DOR MIOFASCIAL

            As dores musculares são habituais e normalmente se relacionam com a tensão diária, exercício físico intenso, posturas inadequadas, traumas, esforços repetitivos ou inclusive por estresse emocional. 
O esperado é que tais tensões musculares sejam passageiras, mas em muitos casos acabam sendo contínuas e crônicas, ultrapassando o limite de recuperação do organismo. Esses excessos de tensão muscular podem resultar na diminuição do movimento, em nódulos no interior da musculatura e em pontos gatilhos (trigger point), dando-se a dor miofascial. 
            A síndrome da dor miofascial é uma afecção que acomete os músculos, fáscias, ligamentos, tecidos pericapsulares, tendões e bursas; principalmente na região cervical, cintura escapular e lombar. Tem uma relação estreita com a disfunção temporomandibular. É comum em mulheres na faixa etária dos 30 a 50 anos, sobretudo as sedentárias, coincidindo com o auge de sua atividade produtiva. 
Para diagnosticar e tratar a dor miofascial é importante identificar o(s) ponto(s) gatilho. Trata-se de um ponto palpável hiper-irritado no músculo esquelético associado a um nódulo sensível, que pode produzir dor à distância (dor referida). Normalmente, a dor referida se relaciona com o grupo muscular afetado e segue o padrão de inervação medular segmentar. 
             Os pontos gatilhos podem ser ativos ou latentes. O ponto latente é mais comum, reconhecido pelo paciente apenas quando estimulados, induzem à limitação de movimentos, fraqueza do músculo em questão e predispõe à crises de dores agudas. Já o ponto gatilho ativo a dor referida pode se manifestar sem dígito de pressão, podendo durar alguns segundos, horas ou dias. Caracteriza-se por ser uma dor profunda, dolorida, de queimação ou às vezes superficial. Quando o ponto gatilho é ativo e latente causa disfunção e incapacidade. 
             Devido ao ponto gatilho a função muscular é prejudicada, já que a banda de tensão restringe seu alongamento. Ainda, esse ponto irritado determina a diminuição da coordenação motora devido aos distúrbios de excitação e condução nervosa dos motoneurônios, vetando a sincronia da contração dos músculos sinergistas. A fraqueza muscular também se relaciona com a inibição neural central que inibe a atividade muscular local, ainda que não demonstre hipotrofia. 
             O surgimento do quadro doloroso normalmente se relaciona com mecanismos recentes ou remotos, como fadiga e estresse, distúrbios emocionais, sobrecarga aguda, disfunções articular, traumas, radiculopatias, assimetria esquelética, alterações posturais, maus hábitos de vida e sedentarismo. Ainda, se mostram mantenedores desta síndrome, o tônus simpático aumentado, insuficiências metabólicas e endócrinas, vitamínicas e de minerais, distúrbios do sono, alergias, doenças viscerais, infecções virais ou bacterianas ou inclusive por outro ponto gatilho. 
            Acredita-se que esses desencadeantes estimulam a medula espinhal determinando uma resposta motora muscular de contratura surgindo o ponto gatilho, sobretudo pela reverberação desse estímulo e resposta. As dores referidas, bem como sua cronicidade seguem o mesmo estímulo direto. 
            Há teorias que defende outras hipóteses como causa desses pontos gatilho. Destacam a teoria da crise energética e a teoria dos botões sinápticos disfuncionais. A primeira defende que há liberação de cálcio pela ruptura do retículo sarcoplasmático, conduzindo a uma contração muscular sustentada quando em contato com as proteínas contráteis. A segunda teoria acredita que por algum motivo os botões sinápticos libera catecolaminas em excesso, despolarizando a membrana pós-sináptica, resultando na cotração local sustentada. Estas duas teorias são consideradas a hipótese de que a circulação sanguínea estaria deficitária, já que no estado normal reverteriam os processos citados. 
             Vale destacar alguns fenômenos autonômicos de associação à síndrome, tais como vasoconstrição localizada, sudorese, lacrimejamento, salivação e piloereção. Relações com o ponto gatilho destaca-se as alterações proprioceptivas como desequilíbrio, tonturas, percepção alterada do peso carregado. Além de zumbido e dor no ouvido, sintomas oculares, vertigem, enxaqueca, a cefaléia tensional, disfunções temporomandibular, cervicalgias, lombalgias, dor pélvica e nos ombros, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, lesões pós traumáticas. Ainda, é importante citar processos de envelhecimento como a degeneração estrutural dos ossos, articulações e flexibilidade miofascial, que também estão em conjunto com a síndrome. 
              O diagnóstico é clínico e depende de uma anamnese minuciosa e de exame físico detalhado para identificar os pontos gatilho ativos e latentes bem como a dor referida. Ainda não existe exames estabelecidos como padrão ouro para a avaliação da síndrome dolorosa miofascial, tão pouco há evidências científicas que sustentem o uso da termografia ou ultrassonografia para o diagnóstico da mesma. Assim, também se trabalha com o diagnóstico por exclusão. 
             Uma vez identificado os pontos gatilhos é possível utilizar técnicas para desativá-los. As terapias manuais, osteopáticas e alongamentos costumam auxiliar. A compressão isquêmica até a eliminação do ponto mostra-se eficaz, porém dolorida. Ainda, existem procedimentos mais invasivos como acupuntura, agulhamento e infiltração de toda a banda tensa do músculo afetado até o tendão. 
O sucesso do tratamento também se relaciona com o exercício físico, que além do condicionamento físico, ainda proporciona benefícios psicológicos, bem estar e socialização. 
              O PILATES se mostra muito eficaz nos quadros de dores miofasciais, pois além de aliviar os sintomas, as causas mais comuns que conduzem à síndrome também estarão sendo tratadas; uma vez que o método se embasa na respiração controlada, consciência corporal e condicionamento postural. 
Através de exercícios direcionados, específicos e individualizados é possível aprimorar a força, resistência à fadiga, a atividade mecânica dos músculos restabelecendo e expansão e comprimento isométrico dos músculos e tecidos superficiais. Além disso, a amplitude articular e a flexibilidade são otimizadas, ajudando a romper as contraturas dos sarcômeros envolvidos. 
            O ideal seria a incorporação do Pilates direcionado (incluindo alongamentos) com técnicas de terapias manuais (massagem tecidual), técnicas de liberações ou inativações miofasciais, como as massagens transversas profundas e zona reflexa, seguidas de contrações isométricas visando o trofismo muscular. Ou ainda, as ténicas Shiatsu, Rolfing, John Barnes, miofasciterapia, entre outras. Existem relatos de auxílio ao tratamento e prevenção do quadro doloroso quando se insere exercício aeróbio à rotina do paciente. 
           Valse ressaltar que a colaboração do paciente, através da educação e responsabilidade, além da parceria com a equipe multidisciplinar é primordial para tratar, identificar e modificar as causas, uma vez que o problema se relaciona com aspectos biopsicossociais do paciente.


sábado, 23 de novembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

sábado, 12 de janeiro de 2013

FIQUE DE OLHO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE SUA CRIANÇA

Assim como os pais se preocupam com os estímulos intelectual e emocional de seus filhos, o desenvolvimento motor também deve estar na zona de atenção. Trata-se de uma constante evolução de padrões posturais, reflexos, movimentos e gestos que a criança realiza ao longo do tempo após o nascimento. E este desenvolvimento motor são marcados por etapas, ou seja, os bebês dão início a certas habilidades motoras em uma determinada idade.  
Para tal, é importante que a criança receba vários estímulos, já que a maior parte das mudanças que ocorrem nos dois primeiros anos de vida são muito influenciadas pelo ambiente. O ideal é ter o acompanhamento de um profissional especializado que direcione um ambiente favorável à favor do bebê. Isto é, é importante que os materiais de estímulos visuais, auditivos, táteis e brinquedos adequados à idade sejam explorados ao máximo através de técnicas de posicionamentos, exercícios lúdicos e músicas se dando um ambiente favorável ao desenvolvimento neurológico, psíquico e motor.   
Além disso, é primordial que os pais sejam orientados através de reuniões ou palestras para que também estimulem seus filhos em casa. 

Verifique na escola ou berçário do seu filho se exite uma equipe multidisciplinar com pediatra, pedagoga, educador físico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista e enfermeiro.   

Algumas dicas:
- Sempre que possível, deixe a criança brincar ao livre.
- Deixe a criança se movimentar ao máximo. 
- Por cautela, a tendência dos pais é procurar o conforto à criança, mas lembre-se que o conforto é contra o movimento.  
- Cuidado para não estimular o sedentarismo nos filhos.
- Se o bebê ainda não anda é preciso proporcionar espaço suficiente para engatinhar e rastejar bastante, além de interagir com o brinquedo. 
- Se a criança já anda, crie um ambiente amplo que permita se movimentar de forma espontânea: pular, andar, correr pedalar, etc. Deixe sempre brinquedos adequado à idade por perto. 
- Deixe os brinquedos na altura em que o bebê consiga pegar e guardar.
- Experimente brincadeiras de chutar, pegar e arremessar os brinquedos.
- A partir dos 3 a 4 anos estimule a socialização com outras crianças.
- Brincadeiras que envolve atividades físicas mais ativas são importantes a partir dos 5 a 6 anos, por exemplo "pega-pega".  

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

2013 COM MUITO PILATES!

Se você ainda não pratica Pilates, que este seja o ano de começar.
Se você já é um "pilateiro", que continue em direção ao aprimoramento do corpo e mente sã.
Que tenhamos um ano repleto de saúde e bem-estar.

FELIZ ANO NOVO!!! MUITO PILATES PARA 2013!
O FLEXUS PILATES TE ESPERA!