segunda-feira, 6 de abril de 2009

ZOOLÓGICO DE VIDRO


Sexta e sábado passados (3 e 4/Abril) foi apresentada a peça “Zoológico de Vidro” no Teatro Marista. Trata-se de uma remontagem do clássico de Tennessee Williams, sob a direção de Ulysses Cruz, tradução de Marcos Daud e interpretada por Cássia Kiss, Kiko Mascarenhas, Karen Coelho e Erom Cordeiro.
É uma história sobre relações familiares que vai revelando os sonhos e aspirações de uma família como qualquer outra, através de um discreto humor sarcástico. Amanda Wingfield é uma sulista de meia idade tagarela que manipula os filhos Tom e Laura. Amanda se incomoda com as escapadas de Tom, que se refugia do seu sufocante ambiente familiar todas as noites em cinemas. A mãe, através de chantagens emocionais, convence Tom a apresentar um candidato a marido para sua irmã Laura, que apresenta um comportamento submisso, complexado e tímido agravado pelas frustrações da mãe quanto ao casamento e à projeção na sociedade.Então, aos poucos vão surgindo as peculiaridades e paradoxos da vida, que acabam por nos surpreender com as várias cegueiras, paradigmas, neuroses e obsessões em prol do reconhecimento e sucesso. A verdade é que há uma linha muito tênue entre o sucesso e o fracasso, a escolha é única e somente nossa.Retrata também, a expectativa da presença de quem amamos e o medo da terrível rejeição; a idealização de uma pessoa; a angústia quando ternura e paixão começam a se misturar. Nos damos conta de nossa vulnerabilidade. O que nos faz lembrar os pequenos animais de Laura, os quais a mãe denominou de zoológico de vidro, deixando a metáfora da fragilidade e complexos de cada um, mas também o otimismo que se renova. No final, Tennessee Williams nos brinda com o retrato de uma família que, a princípio, achávamos que era parecida com a família de uma pessoa próxima. Mas acaba nos fazendo pensar quando percebemos que Amanda, Laura, Tom e Jim, são membros de nossa própria família, que convivemos com eles todos os dias, que um deles pode ser um de nós.
Somente após sentir o espetáculo, começamos a entender o sucesso e a constante remontagem desta peça pelo mundo; a atenção, análise e discução nas universidades.

3 comentários:

  1. Oi Fer, o teatro foi bom né! Apesar de todo o desenvolver da hitória nos levar ao clímax do encontro do casal, para mim foi o final! espetacular!
    Você foi no Pimenta doce? Acabei não indo.

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  2. oi Laurinha!! tb adorei a peça! pegou a metáfora do final neh!?! rs
    E nem fui ao pimenta depois... mas os meninos foram e parece q se divertiram bastante! =)
    De pois agente arranca as fofocas deles! hehe

    Beijooooosss

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