Estudos mais recentes têm demonstrado cada vez mais a importância de dosar marcadores bioquímicos em nosso corpo. Esta necessidade pode ser facilmente explicável quando raciocinamos em função das alterações sofridas no processo da instalação da doença. A cada dia novos marcadores de risco de doenças são estudados e comprovados em sua eficácia como fator de risco.
As mudanças bioquímicas precedem as mudanças fisiológicas e as alterações clínicas. É plausível supor que, ao medir alterações bioquímicas nós possamos calcular riscos e realizar intervenções precoces.
Um campo ainda pouco utilizado é o diagnóstico na área nutricional. Nutrientes essenciais deveriam ser avaliados para uma avaliação da qualidade da dieta do individuo. Pode-se especular que uma dieta equilibrada poderia ser o suficiente para garantir um aporte de nutrientes compatível com a necessidade do indivíduo, porém hoje não é o que se observa.
Um exemplo bastante sintomático é o selênio. Castanhas e nozes são tidos como fontes de selênio, porém ao estudarmos fisiologia vegetal, uma das informações que nos deparamos é que o selênio não é essencial a planta, não sendo utilizado por esta na sua fisiologia normal, diferente da nossa. Então a planta obrigatoriamente não conterá selênio em sua estrutura, pois não há um papel bioquímico para este oligoelemento. Os estudos concluem que a planta conterá selênio se crescer num ambiente rico em selênio, e esta é a premissa básica importante.
Outro dado é a influencia da agricultura moderna, que privilegia macronutrientes e não a qualidade nutricional da planta em função óbvia do combate a desnutrição calórica. Por exemplo, trigo cultivado em solo rico em zinco conterá mais zinco que trigo cultivado em solo pobre em zinco, refletindo portanto na dieta humana. Oligoelementos são sintomáticos quanto a sua presença nos alimentos.
Outra linha muito estudada são as fitoalexinas, que podem ser considerados nutrientes ao ser humano mas, são produzidas pelo metabolismo secundário da planta, ou seja, a planta produzirá se for necessário para sua sobrevivência, caso contrário a planta direcionará sua força de síntese para outros caminhos mais importantes. Oligoelementos devem ser avaliados no ser humano com bastante critério. A sua avaliação permitirá estabelecer um critério nutricional ao paciente, limitando a ingestão de oligoelementos que estão em excesso e aumentando a ingestão daqueles que estão em falta ou limítrofes.
Zinco – o zinco é um oligoelemento que deve ser constantemente mantido numa variação fisiológica. Seu excesso é tão ruim quanto a deficiência. Deficiência de zinco é associada primeiramente a déficit imune, maior susceptibilidade a doenças infecciosas, porém também a uma velocidade de reprodução celular deficitária e síntese protéica deficitária. Excesso de zinco é associado a maior prevalência de doenças neurodegenerativas como doença de Alzheimer e maior excitação neuronal via neurônios glutamatérgicos.
Cobre – o cobre também é um oligoelemento que deve ser controlado. Deficiência de cobre predispõe a tensão oxidativa e seu excesso também predispõe a tensão oxidativa. Doenças inflamatórias geram maior demanda de cobre e se ocorre a deficiência, a resposta inflamatória é deficitária.
Ferro – o ferro é outro elemento que devemos controlar. Excesso de ferro é associado a tensão oxidativa aumentada, há estudos ligando excesso de ferro a prevalência aumentada de câncer, diabetes e aterosclerose. Deficiência de ferro é bem conhecida da medicina.
Selênio – o selênio é bastante problemático. Tanto sua deficiência quanto seu excesso leva a hipotiroidismo subclínico. Déficit de selênio é associado a tensão oxidativa elevada, diminuição da resposta antioxidante e perda da força muscular.
Cromo – o cromo como todos os elementos, deve ser mantido dentro de uma janela de normalidade. Deficiência de cromo é associado a resistência periférica a insulina aumentada, que pode predispor a síndrome metabólica. Excesso de cromo é associado a maior prevalência de câncer.
Manganês – o manganês é importante em vários passos enzimáticos na bioquímica humana. Participa da superóxido dismutase mitocondrial. A deficiência de manganês é associada a tensão oxidativa intramitocondrial. Seu excesso leva a oxidação de moléculas, o passo mais conhecido é a oxidação de dopamina para 6-hidroxidopamina, uma neurotoxina.
A dosagem destes elementos no ser humano parece ser uma necessidade, não um luxo. O nível inadequado destes elementos, tanto excesso quanto deficiência estão associados a riscos a saúde da população e uma dieta adequada não pode compensar alguns dos elementos em função das suas características quanto a fisiologia vegetal e animal.
Dr. Joel Steinman
Médico do Esporte
Nossa! É tanto detalhe, tantos enfoques bioquímicos, que por um lado é fundamental, mas por outro nos deixa maluquinhos. Mas tudo é valido para nosso bem-estar! Ainda mais na minha idade hahahaha
ResponderExcluirUm beijo estou com muitas saudades!
Oi empresária! Dá pra achar um espaço na sua agenda lotada pra vir me visitar? ... to pensando em te ligar... vou pensar no seu caso... Bju, querida!
ResponderExcluiroi...
ResponderExcluiroii lindinnha como estão as aulas?
ResponderExcluirbj
pce of m heart
EEEEitaa Fer se rendeu ao Blog hein cabeção!! hahahahahaha Bjaoo gata
ResponderExcluirJunior
ai juuu!!! qq eu nao faço pelos meus alunos neh!!! hehehe
ResponderExcluirbjooo seu loko