Os receptores articulares estão nas cápsulas e ligamentos das articulações (corpúsculos de Ruffini e Pacin), podendo ser do tipo I, II, III ou IV. Situado dentro da cápsula articular, os receptores do tipo I detectam alterações na posição, movimentos e pressão intra-articular de forma estática ou dinâmica, com uma adaptação lenta. Já os do tipo II têm adaptação rápida, estão na cápsula articular e informam a velocidade do movimento, porém sem atividade quando em repouso. E estimulado por estímulos mecânicos rápidos e repetitivos. Os receprores articulares do tipo III estão nos ligamentos a fim de detectar a posição articular. Possui uma adaptação mais vagarosa, e por se tratar de um mecanoreceptor dinâmico, pode ser estimulado por movimentos externos ativos ou passivos. Os do tipo IV também estão nas cápsulas das articulações e têm adaptação lenta. São responsáveis pelas informações de dor nas regiões articulares quando ativados por deformações mecânicas.
Os receptores tendinosos estão no órgão tendinoso de Golgi, dentro dos tendões, próximo ao ponto de fixação músculo-osso. Tais receptores são estimulados quando há tração sobre os tendões pela contração muscular, indicando o nivel de força exercida, a fim de evitar lesões. Assim, neste caso, se dá o reflexo miotático inverso, ou seja, ocorre a limitação da força desenvolvida pelo músculo em contração. Para tal, os motoneurônios deste devem ser inibidos pelos interneurônios inibitórios, os quais são estimulados pelos impulsos aferentes que chegam à medula.
Ainda, é importante ressaltar que o sistema vestibular - labirinto - também é sensível às mudanças de posição da cabeça - movimentos no sentido vertical ou horizontal, além de identificar a posição espacial do corpo.
Muitas aferências somestésicas do corpo chega ao tálamo e vai ao córtex somestésico primário, onde há um "mapa" do corpo denominado de homúnculo sensorial. Tal representação depende da quantidade de receptores distribuídos em cada parte do corpo, determinando regiões do corpo que terão maior sensibilidade e maior precisão para identificar o estimulo. Entretanto, o mapa somático cortical apresenta plasticidade de uso e desuso, conforme o estímulo determinado a cada parte do corpo. Assim, podemos treinar o SNC a fim de que as respostas motoras ao posicionamento corporal sejam potencializadas.
Devido a essa importância é que falamos e utilizamos tanto a propriocepção nas nossas aulas de Pilates. Nas aulas observamos inúmeros exercícios que envolvem, por exemplo, superfícies instáveis, a fim de proporcionar ao cérebro oportunidades para avaliar a orientação no espaço, desenvolvendo e treinando a consciência corporal, válido ao aluno lesado ou não. Em casos de lesões relacionados a músculos, aponeuroses, tendões, ligamentos, articulações e labirinto, os proprioceptores também sofrem danos, resultando em um déficit na capacidade proprioceptiva. Se tais receptores não forem estimulados pode haver uma reincidencia de lesão, além de prejudicar o desempenho físico.
Olá, adorei o texto, parabéns! Abraço, Silvia.
ResponderExcluirMeu Deus! Que honra ter um comentário seu aqui no blog, Silvia Gomes! Admiro seu trabalho! Abraço!!!
ResponderExcluirFernanda Shimauti
Profa Flexus Pilates