Também conhecida como síndrome do canal cárpico, síndrome do túnel cárpico e síndrome do túnel carpal, a Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia caracterizada pela compressão do nervo mediano que passa pelo túnel do carpo.
O túnel do carpo é um canal do punho com aproximadamente 3cm de largura e dá continuidade proximal com a fáscia antebraquial, tecido fibroso onde se fixam alguns músculos. Possui pequenos ossos em seu assoalho - região dorsal - e paredes laterais, além de um ligamento transverso forte e inelástico na parte superior - região ventral. Além do nervo mediano, passam por esse canal nove tendões responsáveis pela flexão dos dedos. Esse nervo mediano vem do antebraço e passa pelo túnel do carpo para então chegar à mão e enervar o polegar, as duas faces do indicador e do dedo médio e a face interna do quarto dedo. Já o quarto e o quinto dedo são enervados pelo nervo ulnar.
Como suas características anatômicas o faz um canal rígido, qualquer aumento de pressão na região interna do mesmo resulta em uma compressão do nervo mediano, gerando a síndrome. As situações que provocam aumento do tecido sinovial dos tendões, sejam elas traumáticas (incluso traumas cumulativos relacionados à esforços repetitivos), inflamatórias, tumorais ou medicamentosas, também elevam a pressão do canal, comprimindo o nervo e o aparecimento de diversos sintomas.
Os sintomas normalmente aparecem à noite devido à retenção de líquido comum nesse período. Incluem alterações na sensibilidade, dormência, formigamento, choques e ardência nos dedos, especialmente no polegar, dedo médio, indicador e na face interna do dedo anular; e dificuldade de agarrar ou cerrar o punho, ou largar objetos. A dor pode ocorrer no início da síndrome devido à compressão abrupta do nervo mediano. Eventualmente, os sintomas se estendem a todo o o membro superior - mão, braço e antebraço. Assim, é possível que as atividades da vida diária (AVD) sejam comprometidas.
A compressão do túnel carpal pode ser resultante de vários fatores, tais como: deslocamento anterior do osso semilunar, intumescência secundária a fratura de Colles (fratura de extremidade distal do rádio), sinovites secundárias a artrite reumatóide ou devidas a qualquer outra causa capaz de provocar edema devido a traumas que acometam o punho, como entorses, e uma grande variedade de doenças sistêmicas, como o mixedema e a doença de Paget.
Outro fator que pode causar a síndrome são os movimentos manuais frequentes que podem causar lesões por esforços repetitivos (LER), geralmente relacionado ao trabalho ou AVD´s, fundamentalmente, os movimentos de flexo-extensão do punho que acabam por gerar trito dos tendões. Embora não exista uma causa comprovada, as alterações hormonais - como por exemplo alterações na tireóide, período da menopausa e gravidez - também podem interferir na pressão interna do túnel formado pelos ossos e o ligamento da mão. Acredita-se que no tecido sinovial existam receptores para o estrógeno. Nível normal desse hormônio impede que o esse tecido prolifere. No entanto, à medida que a produção do hormônio vai caindo, os receptores ficam livres, o tecido sinovial começa a crescer e, conseqüentemente, a aumentar a pressão dentro do túnel do carpo. Nas gestantes, o edema característico também pode contribuir com os sintomas, porém, após o parto há grande probabilidade de desaparecerem os sintomas.
Outras doenças associadas são diabetes mellitus, artrite reumatóide, doenças da tireóide e causas desconhecidas. É importante dizer que não é só a alteração do hormônio sexual feminino que produz a compressão no nervo mediano. Alterações dos hormônios da tireóide e de doenças como diabetes também produzem uma neuropatia compressiva.
No caso dos diabéticos, são mais suscetíveis a desenvolver a síndrome por causa da alteração do tecido sinovial e também pelo fato de o nervo mediano apresentar características secundárias devido à glicemia elevada.
Para o tratamento, é importante identificar o grau em que se encontra a síndrome: leve, moderado e grave. Se for leve, indica-se a imobilização por aproximadamente 1 mês, através de tala ou órtese, deixando o punho em posição de extensão para minimizar a pressão nos nervos; além de associar um antiinflamatório via oral. Caso seja ineficaz, o médico pode indicar a aplicação de cortisona no canal a fim de amenizar a reação de proliferação do tecido sinovial que comprime o nervo. Porém, não está isenta de complicações e por isso é preciso de muito critério. Se o tratamento clínico não resolver, é possível o médico indicar a cirurgia, a qual anulará os sintomas. A recidiva só ocorre quando a proliferação sinovial é originada de outra doença anterior que continua sem tratamento adequado.
O tratamento fisioterápico em muitos casos também se torna essencial. A princípio, a diminuição do edema gerado pela inflamação que aumenta a pressão do canal é o alvo principal. Para tal, costuma-se utilizar o ultra-som associados a manipulações da região acometida. Após esse estágio, o PILATES se apresenta de forma importantíssima e eficiente para a orientação e informação às AVD´s e laborais, prevenção de recidiva, manutenção do quadro, além de promover a saúde e bem estar físico e mental.
O FLEXUS PILATES se dedica em orientar, informar e educar os alunos quanto à realização das AVD´s de forma correta e saudável, além dos exercícios em aula de forma segura e eficiente, privilegiando a biomecânica funcional do corpo e do movimento. Neste caso específico da síndrome, os exercícios de alongamento dos flexores dos dedos e do punho além da mobilização das articulações, por exemplo, são focados nas aulas para melhorar a função e aumentar a formação de líquido sinovial auxiliando para uma melhor lubrificação dos tendões, bainhas e fáscias adjacentes (evitando a inflamação). Em todas as aulas, exercícios diferentes e simples também são ensinados e recomendados para a prática em casa.
E através de um acompanhamento minuncioso a cada aula dedicado a cada aluno, temos a possibilidade de colher resultados mais concretos não somente no objetivo principal - estabilização dos sintomas da síndrome - mas também de outros objetivos inerentes, como por exemplo: combater o estresse e sedentarismo, estética, saúde e bem-estar, performance, condicionamento físico, amenizar outras dores existentes, estabilizar outros problemas, etc.
A maioria dos alunos se recuperam totalmente e podem evitar novos danos ao mudar a forma com que realizam os movimentos repetitivos. Muitas das atuais pesquisas sobre Síndrome do Túnel do Carpo buscam a prevenção e a reabilitação.
Mas, antes de qualquer coisa, procurem um médico especialista.
Sou ex aluna da Fer (não sou mais porque mudei de cidade) e tive a sindrome. O médico queria injetar cortisona, achei melhor tentar outras alternativas antes. Apenas com o trabalho maravilhoso da Fer me curei e hoje nao tenho mais nenhuma queixa!
ResponderExcluirEu recomendo!
Beijo profi, saudades!
Parabéns pelo Flexus!
Podem me passar especificamente quais exercícios de Pilates vocês realizam com este paciente?
ResponderExcluirE ainda se exercícios em que o aluno precise se apoiar nos punhos vocês realizam?
Estou perguntando pois não vejo muitos exercícios do Pilates que privilegiam o alongamentos dos músculos do antebraço.
Meu e-mail é rafa.juliano@yahoo.com.br
Juliano,não existe somente alongamento dos músculos do ante braço no pilates.
ResponderExcluirÉ um exercício global,como dizia o próprio Joseph vc tabalha o corpo como um todo.
Não específico.
Olá, tb gostaria de sugestões de exercícios. Meu e-mail é: contatos@renatabatista.com.br
ResponderExcluirParabéns pelo blog... conheci pelo twitter da Silvia gomes!
eu fiz um exame eletroneuromiografico e a conclusao foi realizado nos quatro membros evidenciou discretoacometimento de fibras nervosas sensitivas dos nervos medianos atraves dos punhos . estes achados sao compativeis com sindrome do tunel do corpo de grau leve .... ok quer dizer isso ???
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